domingo, 10 de janeiro de 2016

Esporte Interativo balança o futebol na TV fechada (I)

O Esporte Interativo, braço e canal do norte-americano Grupo Turner, agitou, nesta semana, o futebol na TV brasileira, por meio de uma proposta para um grupo de clubes nacionais, relativa a direitos de TV fechada do Campeonato Brasileiro (Brasileirão), a partir de 2019. A proposta, de R$ 600 milhões anuais, duraria seis anos e envolveria mais do que o dobro de valores supostamente factíveis de serem pagos pela Rede Globo, ao menos em um primeiro momento.

Conforme noticiado em vários veículos de mídia, além dos valores mais elevados, existiriam outras vantagens na proposta do EI. A primeira diz respeito a receitas por clube mais próximas entre si, sem a grande diferença que existe, atualmente, entre os valores pagos a Corinthians e Flamengo e aqueles pagos aos demais clubes da série A. A segunda vantagem da proposta do EI tem a ver com horário, já que cairia a obrigatoriedade de partidas às 22:00 h (péssimo momento para torcedores). E há outros pontos de interesse em discussão.

Há 18 clubes com contratos firmados com a Rede Globo até o ano de 2018:

- São Paulo: Corinthians, Santos, São Paulo e Palmeiras.
- Rio de Janeiro: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.
- Minas Gerais: Atlético MG e Cruzeiro.
- Rio Grande do Sul: Grêmio e Internacional.
- Paraná: Atlético PR e Coritiba.
- Goiás: Goiás.
- Bahia: Bahia e Vitória.
- Pernambuco: Sport.

Participaram mais ativamente das discussões com o EI na semana que findou sete clubes: Santos, Grêmio, Internacional, Fluminense, Atlético PR e Coritiba. São Paulo e Flamengo também participam das tratativas, haja vista que o EI consideraria a participação desses dois clubes estratégica para viabilizar sua proposta para o Brasileirão na TV fechada.

A briga é de titãs: Turner x Globo. Independentemente do Grupo vencedor, a forte concorrência  tem tudo para fortalecer o caixa de clubes que não sejam o Corinthians e o Flamengo. O momento nunca foi tão propício ao favorecimento futuro do caixa de grandes clubes de futebol brasileiros. Resta saber se seus dirigentes saberão administrar, seja qual for a proposta vencedora, em prol das entidades que representam e dos torcedores.

Sugerimos leituras adicionais sobre o assunto aquiaqui e aqui.

Bola Pensante


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