sábado, 20 de dezembro de 2014

Fifa antecipa proibição de investidores em direitos de atletas

Crédito: smarnad
Esta é uma decisão de alto impacto: a Fifa agendou, para 2015, o fim de investidores em direitos de jogadores de futebol. A partir de maio do próximo ano, estarão vedados os novos contratos com terceiros participando nos direitos de atletas. Os acordos assinados até 2014 serão válidos até a sua extinção e aqueles firmados de janeiro a abril de 2015 terão prazo máximo de 12 meses. A Fifa já havia adiantado que tomaria essa medida, mas com prazo de espera de três a quatro anos; só que a Federação antecipou o novo contexto.

Em mercados como o inglês, a medida teria agradado aos clubes, os quais teriam pressionado a Fifa, via Uefa, por algo assim. Considerando que a Federação atendeu às citadas pressões, supõe-se que a Inglaterra não tenha sido a única a defender a medida, mesmo que eventualmente não tenha havido unanimidade. Já em mercados como o sul-americano, a decisão cria dificuldades à contratação de jogadores, especialmente daqueles com maior valor de mercado.

Como ficará 2015, à luz da medida? No mercado da bola nacional, especificamente, a notícia é mesmo de alto impacto, uma vez que os clubes têm contado com empresários e fundos de investimento em futebol para viabilizar a contratação de atletas. Parte desses agentes já vinha reduzindo seus investimentos, aguardando uma medida mais dura da parte da Fifa que, afinal, chegou muito antes do esperado. Assim, a decisão da Fifa já afeta, em certa medida, as contratações; ao mesmo tempo, os maiores impactos provavelmente ocorrerão para os períodos anuais após 2015.

Em um primeiro momento, a notícia pode não ser boa, especialmente para aqueles clubes cujas finanças combalidas dificultam negociações de peso (talvez a grande maioria dos clubes nacionais), mas, adiante, a longo prazo, será mesmo ruim para os mesmos? Afinal, ela não fechará, de certa forma (em tese, integralmente), o mercado da bola aos clubes, na questão dos direitos? E ela não poderá exigir maior atenção das agremiações às suas respectivas bases de formação profissional e aos bons princípios do fairplay econômico-financeiro? É uma questão de ver os fatos: como ameaça ou como oportunidade.

Bola Pensante

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