sexta-feira, 20 de março de 2015

Copa do Mundo 2014: alto faturamento da Fifa e entregas sofríveis

Crédito: Stuart Miles
A Copa do Mundo 2014 deu à Fifa o maior faturamento de sua história. Ela teria arrecadado US$ 4,8 bilhões, correspondentes a R$ 15,6 bilhões, de acordo com balanço publicado nesta sexta-feira. Em termos líquido, ela ficou com  US$ 2,6 bilhões, correspondentes a R$ 8,4 bilhões positivos. Os números teriam superado expectativas da Federação.

Se o faturamento e o lucro da Fifa foram espetaculares, e a Copa 2014 foi a Copa das Copas - um happening! -, o torneio também deixou a desejar no que tange à promoção e organização de um evento tão importante e singular. Não pretendemos abordar, neste post, problemas com estádios, os quais o País ainda purga, nem os vergonhosos 7 x 1 impostos pela Seleção da Alemanha à Seleção  Brasileira, sob responsabilidade da CBF.

Aliás, os estádios, ao menos na Copa, atenderam ao objetivo de sediar os jogos sem maiores problemas (o que é pouco, diga-se de passagem, considerando seu custo elevado!), e os jogos foram, em geral, muito bons (exceto o fiasco nacional em campo contra os alemães, um suplício para os brasileiros). Mas esses pontos não foram entregas específicas de quem era a proprietária do happening: a Fifa.

Os brasileiros ofereceram ao mundo um ambiente de alegria para a Copa, as Seleções criaram, em geral, bons espetáculos, mas nem todos fizeram boas entregas. Analisando a série "Memórias da Copa do Mundo 2014", criada por este blog na seção Curiosidades, chegamos à conclusão de que vários itens foram sofríveis, tais como:

1) Logotipo da Copa sem graça e pouco criativo.

2) Mascote idem, um pouco melhor que o logotipo.

3) Festa de abertura fraca, para não dizer desanimadora, sem demérito dos artistas que participaram, os quais não tiveram culpa.

4) Exoesqueleto quase excluído da abertura, uma falha imperdoável.

5) Festa de fechamento, embora melhor do que a abertura, aquém do evento; novamente, sem culpa dos artistas participantes.

Parecem itens sem maior importância? Não mesmo! Estes quesitos deveriam ter encantado os brasileiros. Isso não aconteceu.

Em nossa opinião, tudo acima foi fraco e não condizente com o faturamento da Fifa, dona do evento. O Brasil mereceria muito mais, pelo faturamento e o lucro que o evento criou para a Federação. E como se não bastasse, e talvez até acima disso tudo, os brasileiros mais humildes pouco participaram dos espetáculos em campo, ou seja, os jogos de futebol, por que não poderiam arcar com os custos dos ingressos.

Ainda que a Fifa repasse valores para investimentos internos - fala-se em R$ 100 milhões - ela não compensará as entregas acima, por que o tempo não volta atrás. Em suma, a Copa das Copas foi muito boa, ótima, gostamos muito, fomos em alguns jogos e temos saudade, mas não sejamos cegos ao ponto de não reconhecer que ela também teve entregas sofríveis de quem deveria entregar perto da excelência, e que, mesmo assim, faturou bem. Como nunca tinha faturado antes.

Bola Pensante

Nenhum comentário:

Postar um comentário