segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Impactos possíveis de expatriações sobre a Seleção

Crédito: Phonlatuch
Consideremos as saídas do Brasil de Diego Tardelli para o Shandong Luneng (China), Ricardo Goulart para o Guangzhou Evergrande (China), Lucas Silva para o Real Madrid (Espanha) e Éverton Ribeiro para o Al Ahli (Emirados Árabes). Como elas podem impactar a Seleção Brasileira? Depende de Dunga? De alguma política da CBF? De ambos? 

Cremos que nessa nova ordem, Tardelli, Goulart e Ribeiro têm uma redução em suas possibilidades de convocação, enquanto que Lucas Silva, um aumento, mesmo que não imediatamente. Veremos.

Ao mesmo tempo, a grande verdade é que com a exceção de Tardelli (que fez dois gols), Goulart e Éverton não tiveram uma chance significativa na Seleção, embora tenham sido considerados os melhores jogadores do Brasil, no ano passado. Embora Éverton Ribeiro, com mais tempo de jogo que Goulart em amistosos do ano passado, tenha feito boas jogadas. Aliás, a ausência de jogadores importantes do Cruzeiro e do próprio Tardelli, na Copa do Mundo de 2014, foi um espanto.

Ainda que houvesse garantia de alguma coisa, sob o prisma financeiro, os jogadores expatriados não poderiam deixar de aproveitar oportunidades singulares em suas carreiras, em um negócio tão incerto como o futebol, para ficar à disposição da Seleção Brasileira. O que pode acontecer a um jogador ao longo de uma temporada ou mesmo durante um singelo jogo amistoso? Por exemplo, uma contusão que o deixe fora dos campos muito tempo, perda de posição e a desvalorização do atleta.

Além disso, é possível que os salários de Tardelli, Goulart e Ribeiro, especificamente - segundo noticiado em portais na internet, da ordem de R$ 1 milhão por mês, líquidos - sejam bem superiores aos rendimentos de jogadores que atuam em bons times na Europa. Imagine-se um jogador atuando durante três anos, por exemplo, com esse nível de renda; ele terá, ao final, um patrimônio da ordem de R$ 32 milhões, se considerarmos que tenha aberto mão de recursos para viabilizar sua saída e que outras despesas poderão ser necessárias, sendo esses gastos totalizados, ficticiamente, em R$ 4 milhões.

Os saudosistas podem dizer: não existe mais amor à camisa. Mas vamos combinar: quem, em sã consciência, com a chance de mudar financeiramente e para melhor o destino de sua família e o seu próprio - a menos que tenha uma proposta pelo menos próxima ou equivalente, em várias dimensões -, deixaria de aproveitar uma oportunidade relevante?

Bola Pensante

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