terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Mercado da bola para 2015 (V)

Crédito: samuiblue
O mercado da bola continua rolando e neste início de 2015, existem tanto definições quanto indefinições relevantes. Os desafios do clubes para este ano requerem, como sempre acontece, boas decisões, sem perder de vista as finanças, que impõem limitações. 

Entre os sete clubes que melhor performaram em 2014, aqui apelidados de G7, considerando tanto o Brasileirão como a Copa do Brasil - Cruzeiro e Atlético (MG), São Paulo e Corinthians (SP), Internacional e Grêmio (RS) e Fluminense (RJ) - cinco privilegiaram a continuidade dos técnicos contratados, e dois, a mudança.

No caso do Cruzeiro, registra-se a recontratação do técnico Marcelo Oliveira, o qual coordenou a vitória do time duas vezes seguidas no Brasileirão, em 2013 e 2014. Já no caso do Atlético MG, verifica-se, também, a continuidade, por meio do técnico Levir Culpi, que capitaneou a conquista da Copa do Brasil em 2014, contra o próprio Cruzeiro. Marcelo e Levir foram, certamente, os melhores técnicos do Brasil em 2014.

Em relação ao São Paulo, a continuidade também foi a tônica, com a manutenção de Muricy Ramalho, que levou o Tricolor ao vice-campeonato no Brasileirão. Quanto ao Corinthians, este deu uma tacada interessante: contratou o técnico Tite por três anos, após período sabático do mesmo, refletindo uma visão de mais longo prazo. Um dos primeiros desafios de Tite será efetivar o Corinthians na Libertadores da América, visto que esse terminou o Brasileirão em quarto lugar, atrás de Cruzeiro, São Paulo e Internacional, todos já classificados. 

Com respeito ao Internacional, o processo de contratação do técnico pareceu estranho: Tite, Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes e Abel Braga (técnico em 2014), nenhum deles aceitou o desafio (Abel teria sido preterido inicialmente e procurado ao final). À nova diretoria do Colorado, restou contratar o uruguaio Diego Aguirre, com quem o clube trabalhará neste ano. Quanto ao Grêmio, este prossegue com o ex-treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari (Felipão), que ainda não apresentou resultados mais visíveis, não tendo o  time se classificado para disputar a Libertadores da América.

Relativamente ao Fluminense, os dirigentes do Clube optaram por manter o técnico Cristóvão Borges, para 2015, o qual, mesmo não tendo conseguido classificar a equipe para a Libertadores da América, obteve bons resultados ao longo do Brasileirão e agora trabalha para fortalecer o grupo.  

E sobre outros clubes?

Mesmo fora do G7, o Flamengo fez, em 2014, bom trabalho, sob a coordenação de Vanderlei Luxemburgo, afastando-se do rebaixamento; os rubro-negros chegaram a ficar na zona de degola, de onde se afastaram. O técnico prossegue em seu trabalho, que busca uma renovação do time, após uma temporada de resultados fracos para o seu patamar. O ponto negativo foi a desclassificação impensável para o Atlético MG, na Copa do Brasil, quando o time carioca tinha uma vantagem de dois gols sobre o time mineiro; aliás, o Corinthians também cedeu vantagem similar ao mesmo Atlético MG, na mesma Copa.

Vasco, de retorno à série A, e Botafogo, remetido à série B no último Brasileirão procuram se reequilibrar, inclusive financeiramente. Em São Paulo, os dirigentes do Santos buscam entender a situação. E la nave va.

No caso dos jogadores, há contratações e suas respectivas histórias, além de indefinições. Segundo levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo, publicado em 05 de janeiro, as contratações produziram até o momento citado as seguintes estatísticas:

- Atacantes: 11.

- Meias: 10.

- Volantes: 9.

- Zagueiros e laterais direitos - 7 (cada).

- Laterais esquerdos - 5.

- Goleiros - 1.

Verifica-se que a média das contratações de atacantes, meias e volantes corresponde a 10 e, no caso de zagueiros e laterais direitos e esquerdos, a 6. O que se tem buscado, portanto, segundo mostram os números, é o maior fortalecimento do ataque e do meio de campo e, em seguida, da defesa e laterais; sob as redes, aparentemente os times estão supridos.

Ainda sobre as contratações, mencionamos as diversas histórias, como por por exemplo: Marcelo Moreno, que retorna ao Grêmio, mesmo desejando ficar no Cruzeiro, por não ter sido viabilizada financeiramente sua permanência no time estrelado; Leandro Damião, emprestado pelo Santos ao Cruzeiro, após espera e ansiedade, Diego Tardelli, do Atlético MG, diante da forte possibilidade de jogar na China, Conca, no Fluminense, com destino sob discussão e talvez diante de uma possibilidade na China, bem como vários outros profissionais e seus movimentos. 

Dessa forma, os clubes procuram se estruturar para os desafios de 2015 - alguns poucos com visão de mais longo prazo - e tudo indica que o mundo da bola em terras brasileiras ainda tem muito a girar, antes da bola propriamente dita começar a rolar.

Bola Pensante

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