terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Times grandes, grandes torcidas, administração e futebol a melhorar

Crédito: Stuart Miles
Em entrevista concedida à Revista Vogue (edição brasileira), o jogador Cristiano Ronaldo, vencedor do prêmio de caráter global Bola de Ouro, pelo seu trabalho de 2014, afirmou que no Brasil, jogaria por Corinthians ou Flamengo, cuja camisa vestiria tranquilamente. Estas são as duas equipes mais conhecidas pelo craque e foram por ele citadas.

A torcida do Flamengo, diga-se de passagem, foi objeto de homenagem da Seleção da Alemanha, na Copa do Brasil, sendo as cores do time usadas pelos alemães em sua segunda camisa. Aliás, a passagem da Alemanha pelo País rendeu belas lições de marketing ao futebol nacional e mesmo a outros negócios. Veja aqui como a Alemanha, campeão da Copa de 2014, foi também show de bola fora de campo.

Infelizmente, mesmo com esses reconhecimentos aos clubes nacionais com as maiores torcidas, e lembrando que existem por aqui outros times com torcidas menores, porém, gigantescas, o futebol nacional, de maneira mais ampla, está em baixa. No biênio 2013-2014, poucos times jogaram bom futebol, à exceção do Cruzeiro, Atlético MG e São Paulo, os três melhores do Brasil; apenas eles jogaram futebol capaz de assegurar vaga na Libertadores. Para este ano, os times se armam para melhorar seus desempenhos, com destaque para o Corinthians (com novo técnico) e o Palmeiras (com novos técnico e diretor de futebol, além da contratação de vários atletas). Por outro lado, Cruzeiro e Atlético MG tentam suprir a perda de jogadores como Ricardo Goulart e Diego Tardelli para times da China; em outros tempos, talvez seu destino fosse a Europa. 

Retornando ao início do post: teria algum dos grandes times nacionais condições de contratar atletas de ponta que jogam na Europa, a exemplo de Cristiano Ronaldo, Messi e mesmo Neymar, em suas atuais fases? Se tudo corresse bem na administração do nosso futebol, já seria difícil, pois competir financeiramente com grandes clubes europeus (e agora, chineses) ainda é sonho dourado. Entretanto, com endividamentos elevados - os clubes, inclusive, tentaram, sem sucesso, aprovar um parcelamento de suas dívidas junto ao governo sem contrapartidas - e carecendo de melhorias administrativas e atualização técnica e tática, vários times podem estar em crise. 

Bola Pensante

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